General Osório, Rua dos Gusmões e
adjacências.
De
repente, sem planejar, nem programar, visitei lugares “míticos”.
Berços do motociclismo paulista:
as “bocas”, a “esquina do veneno”, a
General Osório em São Paulo !!!
Ocorre
que dias antes, um amigo “tentou escalar um barranco” em sua Hornet e o
resultado foi o tombo e algumas peças quebradas. Fomos juntos de Minas a São
Paulo, na expectativa de conseguir as peças originais e de quebra desbravar as
ruas mais interessantes da capital paulista, ao menos para nós, motociclistas.
Várias lojas, todo
tipo de mercadoria.
Todos
os universos, tudo junto e misturado: Bikes, Big Trail, Trail, Street, Custom,
e finalmente: as Clássicas!!!!!
Uma
infinidade de peças, para todas as “espécies”.
Mas,
na minha vida, nada nunca é assim, tão simples: primeiro erramos o caminho (umas
8 vezes), depois, talvez por conta do calor insuportável desses dias, a junta
do cabeçote do carro estourou e num semáforo, percebi a fumaça embaixo do capô.
O resultado de tudo isso foi que chegamos na General, muito tarde.
Admito
que desde o início, tinha uma intenção óbvia: conhecer a Recar e a Belikar,
lojas ícones no que diz respeito a peças e vendas de motos clássicas.
Depois de todo o atraso, cheguei
na Belikar 17:45h. A “ampulheta”
permitia que em míseros 15 minutos eu visse tudo.
Já
de impulso comprei os adesivos de advertência para a 500 Four, detalhes que
faltavam para complementar a moto. E enquanto era atendido, fiquei deslumbrado
com a infinidade de modelos á disposição, somente requerendo uma carteira ou
conta bancária recheada para fazer do sonho a pura e concreta realidade. CBs
750 K, F, Bold´or, RD 350, TX 650, 400 Four, entre tantas outras que vi se
“materializando” ao meu redor.
Nesse
meio tempo, um ronco. Perdão, mas devo usar o clichê para ser mais exato: uma
sinfonia! Olhei para a calçada e vi um funcionário da loja manobrando uma CB
750 F, impecável, preta, provavelmente uma F2 78.
Não sei o que houve, mas,
imediatamente fiquei vidrado. Em dez segundos, fiz todo o tipo de conta
possível, pensando em fazer uma oferta e o que faria depois para vender alguma
coisa e minimizar o custo. Não sobrou tempo para vislumbrar aquela moto em minhas
mãos, em pouco tempo o funcionário tratou de guardá-la e enquanto pagava os
adesivos ouvi o desligar do motor.
A
“ampulheta” indicava o iminente
fechamento da loja.
Fiquei
com a moto “na cabeça”.. !
Sai
de lá e fui ansioso ao lado, conferir a tão emblemática Recar.
Assim,
de cara, sem nenhum -pudor- na
entrada da oficina da loja, uma Kawazaki KZ 1300, seis cilindros, fazendo
manutenção. Onde se vê uma KZ 1300 ????
Eu mesmo só tinha visto
assistindo ao “Alma 70”.
No
Showroom, uma 750 Four Café Racer, CB 350, 750 K, RD 50, ST 70 e uma infinidade
de outros modelos, sonhos de tantos que conheço.
Na
decoração da loja, o império do retrô. Absolutamente tudo trazendo a tona os
áureos anos 70.
Comentei
com o amigo e entusiasta desse universo, o Ricardo Pupo que os lugares por onde
passei estavam incrustados de lembranças e memórias de uma época que não vivi,
mas, que é tão presente na minha vida e, que agora será mais fácil (e
necessário) voltar.
Voltarei
! Em busca da F2..quem sabe?
Márcio
Pires
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