quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

General Osório, Rua dos Gusmões e adjacências.


                De repente, sem planejar, nem programar, visitei lugares “míticos”.

               Berços do motociclismo paulista: as “bocas”, a “esquina do veneno”, a General Osório em São Paulo !!!
                Ocorre que dias antes, um amigo “tentou escalar um barranco” em sua Hornet e o resultado foi o tombo e algumas peças quebradas. Fomos juntos de Minas a São Paulo, na expectativa de conseguir as peças originais e de quebra desbravar as ruas mais interessantes da capital paulista, ao menos para nós, motociclistas.

Várias lojas, todo tipo de mercadoria.
               
                Todos os universos, tudo junto e misturado: Bikes, Big Trail, Trail, Street, Custom, e finalmente: as Clássicas!!!!!
                Uma infinidade de peças, para todas as “espécies”.
                Mas, na minha vida, nada nunca é assim, tão simples: primeiro erramos o caminho (umas 8 vezes), depois, talvez por conta do calor insuportável desses dias, a junta do cabeçote do carro estourou e num semáforo, percebi a fumaça embaixo do capô. O resultado de tudo isso foi que chegamos na General, muito tarde.
                Admito que desde o início, tinha uma intenção óbvia: conhecer a Recar e a Belikar, lojas ícones no que diz respeito a peças e vendas de motos clássicas.
Depois de todo o atraso, cheguei na Belikar 17:45h. A “ampulheta” permitia que em míseros 15 minutos eu visse tudo.



                Já de impulso comprei os adesivos de advertência para a 500 Four, detalhes que faltavam para complementar a moto. E enquanto era atendido, fiquei deslumbrado com a infinidade de modelos á disposição, somente requerendo uma carteira ou conta bancária recheada para fazer do sonho a pura e concreta realidade. CBs 750 K, F, Bold´or, RD 350, TX 650, 400 Four, entre tantas outras que vi se “materializando” ao meu redor.
                Nesse meio tempo, um ronco. Perdão, mas devo usar o clichê para ser mais exato: uma sinfonia! Olhei para a calçada e vi um funcionário da loja manobrando uma CB 750 F, impecável, preta, provavelmente uma F2 78.
Não sei o que houve, mas, imediatamente fiquei vidrado. Em dez segundos, fiz todo o tipo de conta possível, pensando em fazer uma oferta e o que faria depois para vender alguma coisa e minimizar o custo. Não sobrou tempo para vislumbrar aquela moto em minhas mãos, em pouco tempo o funcionário tratou de guardá-la e enquanto pagava os adesivos ouvi o desligar do motor.
                A “ampulheta” indicava o iminente fechamento da loja.
                Fiquei com a moto “na cabeça”.. !
                Sai de lá e fui ansioso ao lado, conferir a tão emblemática Recar.



                Assim, de cara, sem nenhum -pudor- na entrada da oficina da loja, uma Kawazaki KZ 1300, seis cilindros, fazendo manutenção. Onde se vê uma KZ 1300 ????
Eu mesmo só tinha visto assistindo ao “Alma 70”.

                No Showroom, uma 750 Four Café Racer, CB 350, 750 K, RD 50, ST 70 e uma infinidade de outros modelos, sonhos de tantos que conheço.
                Na decoração da loja, o império do retrô. Absolutamente tudo trazendo a tona os áureos anos 70.
                Comentei com o amigo e entusiasta desse universo, o Ricardo Pupo que os lugares por onde passei estavam incrustados de lembranças e memórias de uma época que não vivi, mas, que é tão presente na minha vida e, que agora será mais fácil (e necessário) voltar.
                Voltarei ! Em busca da F2..quem sabe?

               


                Márcio Pires
               


Pós Scriptum: As fotos desse texto são imagens ilustrativas da internet, por conta de mais alguns dos “perrengues” do dia: a bateria do celular acabou impossibilitando as fotos e o uso do GPS e o acendedor de cigarros do carro, que poderia recarregá-la, mas, que decidiu não funcionar.


 

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