K2 em caixas...
Fui visitar um amigo, desses que
mesmo com pouco tempo de amizade, se tem a impressão de que -ela- existe há
muito tempo.
E, numa conversa onde os dois
interlocutores são apaixonados por um tema em específico, qual assunto é tido
como pauta? A paixão é claro!!
No nosso caso: motos! Mas, não
qualquer moto, em especial as Clássicas.
Muito bem, esse amigo me contou,
que um amigo seu, guardava em casa, e em caixas, uma CB 750 K, totalmente
desmontada há mais de 10 anos.
Contou que a moto possuía “roupa”
de F1, mas, que originalmente, seria uma K, provavelmente de 73 ou 74.
Houve, nos anos 70 e até 80, um
“fenômeno psicológico coletivo” que consistia, na atualização, dos carros e motos,
alterando sua estética para que acompanhassem algum lançamento, alguma novidade
do modelo mais atual.
Assim, aconteceu com muitas 750
–K0 – de 1969, que foram “atualizadas” para modelos K3, K4.
Entretanto, a “prosa mudou de
rumo” e fiquei de pegar com ele o telefone do dono dessa moto pra saber se ele
venderia e, em que estado se encontrava.
Uns vinte dias após a visita,
liguei para o dono da moto, num daqueles dias em que não se programa nada, e as
coisas vão simplesmente acontecendo.
Descobri mais alguns detalhes e a
história é seguinte: O Cosme, proprietário da 750, a adquiriu há muito tempo, um
dia, levou a moto para uma simples equalização dos
carburadores e a moto passou 15 anos na oficina.
Aquela conhecida, mas, quase
inacreditável situação: o mecânico demora muito, o dono deixa a “Deus dará”, o
tempo vai passando, outros compromissos e urgências vão se sucedendo e um dia,
o implacável –Cronos- apresenta a conta, nesse caso 15 anos.
O Cosme pediu a moto de volta e
foi aí que “pagou a maior fatura”. “Ela” voltou, mas, desmontada e em caixas!
A decepção foi tamanha, que ele
simplesmente achou um lugar, pra “ela” dentro de casa e a deixou lá, do jeito
que chegou.
No telefonema, também descobri
duas coisas importantes, uma boa e uma ruim.
Vamos começar pela ruim: na moto,
foi adaptada uma carenagem de Kawasaki Ninja! Imediatamente tive pena!!!
A boa, é que trata-se de uma rara
CB 750 K2 de 1972, ano em que curiosamente, as cores cereja e prata não foram disponibilizadas para venda,
“mistério Hondístico”.
A moto está da pior forma
possível, desmontada, e não se sabe quais peças faltam.
A cor, quando Cosme a adquiriu já
havia sido alterada para o preto. O que também, destoa da originalidade, tendo
em vista que as cores das K2 são:
§
Flake Sunrise Orange; (Laranja)
§
Candy Gold; (Dourada)
§ Brier Brown Metalic; ( Marrom metálico)
§
Planet Blue Metlic; (Azul metélico)
Você deve estar pensando que
comprei a moto!
Eu também pensei que compraria,
mas, acabei ligando para o Cosme num momento de luto. Ele havia perdido a mãe
há pouco tempo.
Então, ficamos assim, ele me
pediu um tempo para que organizasse as coisas e depois disso, iria refletir
sobre a venda ou não da 750.
Abaixo, algumas fotos da CB 750
K2:
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