quinta-feira, 13 de junho de 2013

K2 em caixas....

K2 em caixas...


Fui visitar um amigo, desses que mesmo com pouco tempo de amizade, se tem a impressão de que -ela- existe há muito tempo.

E, numa conversa onde os dois interlocutores são apaixonados por um tema em específico, qual assunto é tido como pauta? A paixão é claro!!

No nosso caso: motos! Mas, não qualquer moto, em especial as Clássicas.
Muito bem, esse amigo me contou, que um amigo seu, guardava em casa, e em caixas, uma CB 750 K, totalmente desmontada há mais de 10 anos.
Contou que a moto possuía “roupa” de F1, mas, que originalmente, seria uma K, provavelmente de 73 ou 74.

Houve, nos anos 70 e até 80, um “fenômeno psicológico coletivo” que consistia, na atualização, dos carros e motos, alterando sua estética para que acompanhassem algum lançamento, alguma novidade do modelo mais atual.

Assim, aconteceu com muitas 750 –K0 – de 1969, que foram “atualizadas” para modelos K3, K4.
Entretanto, a “prosa mudou de rumo” e fiquei de pegar com ele o telefone do dono dessa moto pra saber se ele venderia e, em que estado se encontrava.

Uns vinte dias após a visita, liguei para o dono da moto, num daqueles dias em que não se programa nada, e as coisas vão simplesmente acontecendo.

Descobri mais alguns detalhes e a história é seguinte: O Cosme, proprietário da 750, a adquiriu há muito tempo, um dia,  levou a  moto para uma simples equalização dos carburadores e a moto passou 15 anos na oficina.

Aquela conhecida, mas, quase inacreditável situação: o mecânico demora muito, o dono deixa a “Deus dará”, o tempo vai passando, outros compromissos e urgências vão se sucedendo e um dia, o implacável –Cronos- apresenta a conta, nesse caso 15 anos.

O Cosme pediu a moto de volta e foi aí que “pagou a maior fatura”. “Ela” voltou, mas, desmontada e em caixas!

A decepção foi tamanha, que ele simplesmente achou um lugar, pra “ela” dentro de casa e a deixou lá, do jeito que chegou.

No telefonema, também descobri duas coisas importantes, uma boa e uma ruim.

Vamos começar pela ruim: na moto, foi adaptada uma carenagem de Kawasaki Ninja! Imediatamente tive pena!!!

A boa, é que trata-se de uma rara CB 750 K2 de 1972, ano em que curiosamente, as cores cereja e prata  não foram disponibilizadas para venda, “mistério Hondístico”.

A moto está da pior forma possível, desmontada, e não se sabe quais peças faltam.

A cor, quando Cosme a adquiriu já havia sido alterada para o preto. O que também, destoa da originalidade, tendo em vista que as cores das K2 são:

§  Flake Sunrise Orange;     (Laranja)
§  Candy Gold;                   (Dourada)
§  Brier Brown Metalic;       ( Marrom metálico)
§  Planet Blue Metlic;          (Azul metélico)

Você deve estar pensando que comprei a moto!


Eu também pensei que compraria, mas, acabei ligando para o Cosme num momento de luto. Ele havia perdido a mãe há pouco tempo.

Então, ficamos assim, ele me pediu um tempo para que organizasse as coisas e depois disso, iria refletir sobre a venda ou não da 750.

Abaixo, algumas fotos da CB 750 K2:





Nenhum comentário:

Postar um comentário